Editorial

Isto é globalização

Após ler a notícia sobre a Revolução Iraniana Versão 2009, em que o namoro entre os jovens da elite deste país e as recentes tecnologias da internet transformou o impasse de outro modo apavorante que se viu nas ruas de Teerã numa história prazerosa, tenho que se render a esta ferramenta da internet responsável por arrastar milhões de iranianos às ruas em protesto ao resultado manipulado nas eleições daquele país que reelegeu o apocalíptco Mahmound Ahmadinejad. De fato, a revolução está sendo comentada em blogs, no Twitter, no Facebook – e não apenas no Teerã. Eu, jornalista, não posso mais ignorar este poderoso instrumento de comunicação do século 21. Até as principais universidades de jornalismo do Brasil estão adequando as suas grades curriculares para incluir estas tecnologias. O Mackenzie, por exemplo, exigirá blog e Twiter de seus alunos a partir do próximo semestre. Não pretendo fazer nenhuma revolução neste blog, quero apenas divulgar informações do que se passa no mundo do skateboard e outros esportes de ação, o meu mundo. E o que tem a ver todo este conteúdo político escrito no início deste texto com a galera que vive num mundo sobre pranchas? Tudo meu brother!!! Ou você não se importa em viver em países com regimes autoritários como China, países que fazem parte da ex-União Soviética, Coréia do Norte, Cuba e até o Irã, onde o acesso à internet, em geral é para fins muito limitados? Isto é globalização e tanto o skatista do Vale do Anhangabaú como o surfista da praia em Santos fazem parte dela.